quinta-feira, 13 de maio de 2010

Idanha 2010

Relato: Cortesia do Sr. Baldeante

O rescaldo é grande, condiz com a qualidade da evento.

Idanha-a-Nova catedral do BTT. Pouco ou nada escaldado pois o S. Pedro não deixou, tirando a chuva inicial um tanto grossa o resto do percurso foi salpicado com umas gotas ocasionais umas mais fortes outras nem tanto. Até refrescou algumas subidas.

Ora bem, vamos começar pelo inicio. Chegada na sexta feira com dois colega do BTT Caldas bem atrás do Mister Chaves e sua cara metade. Secretariado bem a vista foi só parar o carro e recolher os dorsais, rápido e sem qualquer problema. Impecável, houve inclusive tempo para algumas dicas de onde se comer bom e barato.
Primeira ordem de trabalhos: localização do local de dormida. Pavilhão para nós, estalagem/pousada para o Mister Chaves que optou e muito bem por passar o fim de semana por Idanha-a-Nova. Segunda ordem de trabalhos: localização do restaurante Helana (www.helana.com) para aconchegar o estômago. Terminado o jantar, uns minutos num bar existente perto do Pavilhão e cama porque no dia seguinte havia 100km pela frente. Já faltava pouco.

Tal como em Portalegre houve no pavilhão uns engraçadinhos que levaram uns colchões insufláveis e umas bombas que pareciam um apito. Há pessoal que não tem consciência. Mesmo assim não conseguiram estragar o meu sono de beleza e de manhã estava fresco que nem uma alface.
Vamos lá ao que eu não apreciei nesta grande maratona:
- Do banho que o S. Pedro me deu logo no inicio da prova, fresco que nem uma alface não era para ser levado à letra.
- De ter molhado os pés logo na primeira poça de lama foram 100km com os pés e o rabo molhados mas que valeram bem a pena. Repetia o passeio sem sombra de duvida mas desta vez se puder escolher, para começar e terminar a prova seco.
- Tive mais um azar, o conta quilómetros resolveu fazer das dele cheguei ao fim com cento e poucos quilómetros feitos e cerca de 45 no maldito aparelho, andei sensivelmente desde o km 8 completamente perdido nunca sabia se estava longe ou perto dos abastecimentos ou mesmo das subidas. Não imaginam a alegria quando vi a placa 90 km.

Mas nem tudo foi mau. Paisagens e trilhos foram simplesmente espectaculares. Pensei que a calçada de Idanha-a-Nova ia ser difícil de descer, o aglomerado de pessoas num traçado tão curto e estreito dificultou a tarefa, não fosse isso era uma descida como tantas outras onde só é preciso ter algum cuidado e atenção ao calhau mais sobressaído afinal de contas aquilo é calçada não é nenhum estradão. Houve outra descida bem mais picada sempre aos SSSSS com pedra para todos gostos, feitios e tamanhos. Cheguei ao fim da descida sem sentir quase nada da cintura para cima, tudo estalava mas voltava a fazê-la sem pestanejar. Simplesmente um daqueles singles que não é possível esquecer.
As subidas foram muitas mas foram feitas sem grandes problemas. Muitas na avozinha, mas eu também não sou nenhum Vítor Gamito. A tão esperada subida para Idanha-a-Nova foi mais fácil do que eu esperava mas ainda assim um desafio, era preciso saber escolher por onde passar afinal de contas a calçada não foi feita com um nível havia muitos altos e baixos. Bastou uma má escolha para ter de recomeçar. E podem acreditar começar até foi fácil já recomeçar foi bem pior mas lá consegui uns metros acima. Afinal de contas não fui a Idanha-a-Nova só para descer, subir era um objectivo e não ia desistir agora que faltava tão pouco. Ok, faltaram-me uns míseros 10/15 metros mas não e por ai que o gato vai às filhoses.
Valeram ainda os estradões que serpenteavam pelo meio de paisagens espectaculares, o misto de cores nos campos nesta altura do ano é fora de série. De realçar os trilhos junto ao rio Erges, só lamento não ter dado mais atenção às paisagens circundantes mas grande parte do trilho exigia atenção para não ir parar as urtigas ou quem sabe ao rio. Passamos ainda por um sem número de pequenos ribeiros/riachos/cursos de água, uns mais manhosos que outros, felizmente nunca tive de tomar banho para os atravessar, impecável. Parece que já contavam com a minha falta de vontade em tomar um segundo banho frio. Não gostei especialmente de fazer a estrada de alcatrão até Zarza mas reconheço que deu para recuperar as pernas dos trilhos anteriores e preparar-me para os próximos.
Organização, reforços, almoço e indicações do percurso sem qualquer reserva da minha parte estiveram a altura. Já os banhos... a água não estava fria, mas também não chegava a morna, era um misto, já tive bem pior. Bem no inicio da prova ainda rodei o pescoço à procura de mais pessoal a envergar a os novos equipamentos rioMAIORBTTeam mas não vi ninguém na partida. Durante o percurso fui ultrapassado por um ou dois colegas que fizeram sinal, cruzei-me ainda na estrada ao voltar de Zarza com mais um orgulhoso membro e como íamos em direcções opostas fizemos sinal um ao outro e seguimos.

Da próxima temos de combinar melhor. E já que estamos a planear o futuro levamos o Sr. Kaska para tirar as fotos. Vamos ver se em 2011 tenho as pernas treinadas para mais 100km pois esta é sem duvida uma prova a repetir de preferência com a ajuda do S. Pedro. O raio do Inverno nunca mais acaba.

Cliquem no vídeo 2 Vezes.

Sem comentários: