sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Rota dos Avieiros - Vale Figueira

Relato: Cortesia do Sr. Baldeante

7 de Agosto: Ora vamos lá a ver... eu esperava um passeio simples, pouco técnico, largo conjunto de estradões e algum calor... Enganei-me.

Às 9h já estavam mais de 25 graus, estradões mesmo estradões só lá para a segunda metade do passeio.
Os primeiros quilómetros foram em alcatrão logo atrás da moto 4, mas assim que entramos na terra logo no fim da primeira descida fui brindado com um estradão repleto de cascalho, e não era um cascalho qualquer, parece que tinham andado a reparar boa parte dos caminhos rurais das chuvas do Inverno e utilizaram cascalho do caminho de ferro... as pedras saltavam por todo o lado e a bike parecia uma cabra nos primeiros metros... só vi o cascalho quando era tarde de mais... solução? agarrar a cabra pelos cornos e rezar para que não espetasse comigo no chão.

Mas houve mais surpresas, os primeiros 15 quilómetros pareciam um carrossel, era um constante sobe e desce com uma ou outra recta pelo meio, as subidas não eram lá muito grandes ou inclinadas mas havia alguma areia e seixos escondidos entre a erva.
Alguns sítios mais pareciam uma praia, nunca pensei que houvessem tantos seixos àquela distância do mar, parece que o rio Tejo teve alguma influência no assunto.
Houveram ainda algumas mudanças de direcção que estavam assinaladas muito em cima provocando travagens bruscas.
Mas nem todas as surpresas dificultaram o passeio depois de subir não há nada melhor que descer, e neste passeio à falta de single-tracks naturais o pessoal da organização construiu vários pelo meio dos sobreiros onde a sombra era mais fresca.
Nós agradecemos, e diga-se de passagem, ligar uns quantos sobreiros com umas fitas para nos guiar pelo monte abaixo aos SSS contornando sobreiros sem marrar com nenhum, foi um desafio muito bem vindo.

A organização foi impecável, não faltou nada. Havia um melão fresquinho no reforço que estava um mimo. Dois reforços líquidos, e um liquido e sólido, tudo isto num passeio de 30 e poucos quilómetros... basicamente, era àgua de 10 em 10 quilómetros... portanto: sede não passamos.

E para terminar, almoço ao ar livre debaixo de uma bela sombra com um porco no espeto que estava de comer e chorar por mais. Não se pode pedir mais nada.

FOTOS:
http://picasaweb.google.pt/btt.cicloturismo.alvitejo/4PasseioRotaDosAvieiros2Edicao#5506695833665737698

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Nocturno "Caça aos Gambuzinos"

Relato: Cortesia do Sr. Baldeante

24 Julho 2010 - Como costume, o Chaves desafiou-me para algo diferente e partimos para Campelos com a promessa de uma caçada nocturna aos Gambuzinos da zona... ao que parece são tímidos e ninguém conseguiu apanhar, nem ver, um que fosse...

Este foi o meu primeiro passeio nocturno, cerca de 20kms de pura aventura. Foi pena só terem durado uma hora e pouco, quando já estava a começar a começar a ver bem no escuro, acaba o passeio. Irão existir mais, e é algo que quero repetir.

O passeio começou pelo "lusco fusco" do fim do dia, mas cedo se fez noite... ou quase noite, pois quem estivesse perto do Chaves era como se fosse dia. Tinha com ele um autêntico candeeiro. Quem para ele olhasse ficava quase cego :D já para não falar da discoteca que tinha no "camelbak". Duas colunas ligadas ao telemóvel deram ritmo ao passeio e um ponto de referência para os mais distraídos saberem que caminho seguir... sempre atrás da música :D

Voltando ao passeio em si: as marcações eram compostas de setas verdes mas como a tinta não era fluorescente foi frequente só ver as setas em cima da curva. Houve muitas travagens bruscas neste passeio composto maioritariamente por estradões e caminhos no meio dos eucaliptos e pinheiros as zona. Os gambuzinos deviam estar escondidos por detrás destes pois não vi nem um. Outro entrave ao passeio foram os vários troços de areia, se durante o dia já chateia à noite só se dava por isso quando andávamos aos SSS bem no meio da areia. Houve uma ou outra zona onde quase fiquei estendido. Houve ainda uma ou outra silva atrevida que só deu sinal depois de ficar agarrada ao equipamento, nada de grave.

Acabado o passeio, um belo banho de água bem fresquinha... a noite até estava quente, mas era coisa que dispensava. O frio espantou-se facilmente com o caldo verde quentinho que serviram acompanhado de um belo pão de milho também ele quentinho. Houve ainda lugar para um bom pão com chouriço praticamente acabado de sair do forno e uns fritos natalícios, fora de época, que souberam que nem gingas. Estômago aconchegado regresso a casa para um merecido descanso... sem gambuzinos :D

Fotos:
http://picasaweb.google.com/BttCampello/CacaAosGambuzinos2010#

http://www.flickr.com/photos/luismad/sets/72157624472390883/

Ainda em Soltaria... Fim de tarde junto ao mar

Resolvi fazer o passeio mais pequeno para poder levar o meu filhote, pelos menos assim não fui obrigado a desistir como me aconteceu no Vale do Vouga. Nem este passeio tinha o pó que havia no Vouga, levantado por 1000 participantes, nem fazia o calor que fez no Vouga, nem eu rebentei todo ao meio do percurso, visto que a distância desta feita era bem mais pequena e tenho a desculpa de ir a acompanhar o filhote... hehe... não se fazem omeletes sem ovos né?

Foi, do meu ponto de vista uma excelente ideia fazer um passeio ao Sábado, ao final de tarde, em pleno Verão. Aproveita-se o final de tarde em que começa a ficar mais fresco; para quem trabalha de manhã é óptimo pois pode participar, e para quem tem filhos ou gosta de ir à praia ao Domingo tem assim uma hipótese de fazer as duas coisas e sem ficar dividido (como me acontece a mim todos os domingos) sem saber o que há-de escolher: Praia ou BTT.

O passeio como era pequeno, não era difícil, mas mesmo assim revelou-se bem engraçado e aprazível, pois quase todo ele foi feito do lado do mar. Carreiros e falésias junto ao mar, pessoas de todas as idades, muitos jovens e algumas crianças, algumas representantes também do sexo feminino, sempre bem vindas, entre elas uma colega da minha turma (ESAD.CR) que foi uma agradável surpresa encontrar por lá.

O nosso colega "baldas", partiu para o passeio (45 kms) apenas com uma hora de atraso... hehe... nem o vi partir nem o vi chegar.

Deixo algumas fotos e neste LINK podem ver mais fotos do passeio:
http://picasaweb.google.pt/104319333848160225733/3PasseioBTTSoltariaSemStressBTT#.





domingo, 22 de agosto de 2010

Soltaria - 10 de Julho

Relato: Cortesia do Sr. Baldeante

Estava eu a carregar a bike lá pelas 14.30 quando reparei que as rodinhas do desviador traseiro estavam partidas desde domingo passado, apanhei um valente empeno nesse dia em Vale do Vouga e não voltei a pegar na bike até ao dia deste belo passeio.

Dirigi-me a BikeZone das caldas para substituir as ditas rodas, sai de lá pelas 15.15 e vi logo que ia chegar em cima da hora.

Até Torres Vedras tudo bem o problema foi encontrar a N9. O raio da estrada não tem sinalização nenhuma andei meia hora à procura da dita estrada. Quando vi a única indicação com referência à N9 já estava eu na dita.

Cheguei ao secretariado pouco antes das 17h. Obviamente já não estava lá ninguém. O passeio começara às 16.00 horas. Andei um pouco desnorteado até que resolvi seguir atrás dos restantes participantes.

Depois de ter falado com dois membros da organização que me garantiram que não havia problema em seguir sem o dorsal. Também referiram que as marcações estariam lá. Este era o meu único problema. Assim foi, as marcações estavam lá, só tive receio de me perder e não ter o número que supostamente estava no dorsal que eu não tinha. Andei o mais rápido que podia até que pelo km 17 encontrei a moto quatro que fechava o percurso e que já levava um bom saco de marcações. Acho que não vale a pena referir mais nada sobre as marcações deste passeio, andei 17 km sem ver uma única pessoa da organização (supostamente eu não devia ter partido tão tarde, logo, era de esperar); falta de marcações, e mesmo assim não me perdi nunca... isto diz tudo sobre as marcações.

Uns metros à frente estavam os primeiros participantes que via desde o início. Acompanhei-os até ao reforço e segui. O reforço tinha uns biscoitos, água e fruta. Ao que parece melão fazia parte da ementa, eu não tinha fome e ainda tinha bastante água pelo que segui em frente. Não queria chegar demasiado tarde afinal comecei pelas 17h e contava acabar antes das 20h para chegar a casa ainda de dia, lol...

O passeio tinha umas belas vistas pelas arribas, houve uma ou outra subida mais puxada mas nada de especial, a única que me deu problemas foi uma das últimas, o sol estava a descer e batia mesmo nos olhos, não via nada! Tive de desmontar porque não via um palmo a frente do nariz tal era o brilho nos óculos.

Houve alguma areia, mas era de esperar afinal arribas e pinhais dão nisso mesmo. Sempre deu para descansar as pernas e matar a sede. Terminado o passeio fiz o que me competia e dirigi-me ao secretariado e levantei o dorsal. Este é o meu único dorsal que nunca foi preso à bike... lol.

Quem terminou este passeio tinha à sua espera uma mesa repleta de pão com chouriço/torresmos, àgua e os ditos biscoitos. Eu quando cheguei já não tinha grande coisa mas rapidamente a organização me indicou o forno e o padeiro estava mesmo a colocar o pão no forno. Fui tomar banho e depois foi só pedir um belo pão com chouriço acabado de sair do forno... impecável.

Estas pequenas localidades estão sempre a surpreender-me pela forma como recebem o pessoal.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Vale do VOUGA - Águeda

Relato: Cortesia do Sr. Baldeante

Excelente maratona... Organização, percurso, marcações, paisagem, simpatia de todo o staff, almoço e banhos, impecável!

À partida já estavam cerca de 28 graus... ia ser um passeio quente. Eu fui a Vale do Vouga porque até gosto de subir, e assim inscrevi-me na maratona... chamem-me doido mas cada um tem a sua pancada. Não esperava que fosse fácil mas também não esperava temperaturas tão altas.

A subida até ao primeiro abastecimento foi longa mas acessível houve bastante sombra na subida o que facilitou a mesma. No primeiro abastecimento houve água com fartura, pelo menos quando eu cheguei havia. De realçar que estava fresca.

O problema começou na segunda subida, a caminho do segundo abastecimento, a temperatura aumentou e muito. Algumas zonas, 40 graus, e a água não chegou. Ou melhor, chegou mas apenas com a ajuda dos populares. Entre o primeiro e o segundo abastecimento recebi água de uma mangueira e de um senhor que estava numa fonte "armado" com duas garrafas de litro e meio e um copo para dar ao pessoal. Tirando estes dois populares houve uma pessoa da organização na última parte da subida a dar água. Esperava mais com esta temperatura.

Eu e muitos outros colegas refrescámo-nos num "bidon" que estava bem perto do caminho. A água não era potável mas deu para molhar pés, cabeça e o resto do corpo. Naquela maldita subida o problema não foi a inclinação nem tão pouco o piso foi o calor. Eu e possivelmente todos os outros colegas que encontrei deitados de toda e qualquer forma, em qualquer sombra, nessa subida... estavamos a ferver... não fosse o tal "bidon", tinha-mos derretido... literalmente!

Mas o passeio não foi só composto de subidas. Depois das subidas vinham as descidas repletas de um misto de single-tracks e estradões. Geralmente até sabem bem, mas neste dia fatídico algumas das descidas tornaram-se penosas. Mesmo em grande velocidade, o ar era quente e acreditem, houve descidas mesmo muito rápidas que parecia queimar tanto os olhos como o sol queimava o resto do corpo.

Alguns reparos:

Devia ter havido mais uns quilómetros de estrada ou estradões para partir o pelotão, as primeiras subidas foram uma tortura não valia a pena tentar montar a bike com tanta gente, mesmo olhando para as subidas e estas não terem nada de especial não havia onde passar sem atropelar alguém.

A tão falada água. Eu sabia que ia estar calor, levei dois bidons e contava com os abastecimentos para os repor mas quando cheguei á divisão, poucos quilómetros antes do primeiro reforço, já não havia água e não achei piada. O reforço estava próximo e era perfeitamente possível gerir a água por um determinado número de quilómetros só foi pena os reforços que não estavam no local anunciado e assim é difícil gerir a água.

Primeiro abastecimento anunciado ao km 23, era mais ao 27/28.

Segundo abastecimento anunciado ao km 43, era mais ao 51/52.

Escapou o último abastecimento que estava anunciado ao km 68 e que se não me engano era perto do 61 ou era 71, não tenho bem a certeza, mas em qualquer dos casos o percurso já não tinha tantas subidas o que facilitou a gestão da água do segundo abastecimento até este último, já para não falar no aumento das sombras.

Resumindo, tirando o problema da água, que afectou toda a gente foi um belo passeio, gostei dos trilhos só foi mesmo pena o calor abrasador que se fez sentir.

Fotos:
http://www.maratonavaledovouga.com/maratona/index.php?option=com_content&view=article&id=64&Itemid=73