quinta-feira, 13 de maio de 2010

A aventura de ALTE 2010

Relato: Cortesia do Sr. Armando Cruz (Kat Killer)

Sábado, 24 de Abril, 14:30 eu e meu camarada de aventuras Diogo Oliveira (para os amigos, DIDI), partimos em direcção ao Algarve. Sós, porque o resto da equipa Pedro Coelho(para os amigos, FOMFOM) e Márcio Veríssimo já tinham ido para Quarteira na Sexta feira e o Hugo Santos a esposa e a jovem promessa do BTT "Tomás" com a companhia do seu Irmão Filipe e a mulher Patrícia partiram ainda durante a Manhã.
Todos se deslocaram para o local onde iríamos pernoitar e de onde partiríamos na manhã de Domingo para Alte, uma das mais típicas e preservadas aldeias algarvias afastada do turístico litoral, com as suas belas casas pintadas nas cores correntes da região (o ocre, almagre, azulão, antracite, com destaque para os fundos brancos), as açoteias e as tradicionais chaminés algarvias e as belas ruelas pavimentadas em calçada portuguesa.

Quanto à noite de Sábado, por razão que o bom senso recomenda não me vou referir a ela apenas dizer que o vendedor de seguros e o de automóveis estiveram no seu melhor, quanto ao resto deixo ao cuidado da imaginação de todos que os conhecem, mas adiante... Eis que chegados a Alte e preparados para a aventura que se avizinhava,lá fomos para mais uma manhã do desporto de lazer mais apreciado por nós e tantos como nós por esse Portugal fora.

A partida como prevista, para os federados e participantes no campeonato a partirem à frente, e depois conforme programado os atletas do passeio e da meia maratona.
O inicio logo à partida a calcorrear as ruas e ruelas da Freguesia até ao limite da mesma sempre por asfalto onde rapidamente se trocou o mesmo pela terra ora seca ora húmida e assim começou o assalto da Serra do Caldeirão, onde passamos por estradões onde se podia vislumbrar (quem ia devagar) paisagens a perder de vista de uma beleza incomparável num sobe e desce constante por entre eucaliptos, pinheiros, e outras espécies de árvores e arbustos típicos da região.
Até praticamente ao fim fomos passando por todo este verde fantástico e atravessando sempre inúmeros riachos de água clara e límpida sem a típica poluição dos nossos dias e que cá para cima vai sendo cada vez mais frequente.
O percurso muito bem marcado na minha modesta opinião sempre com placas fluorescentes com setas a indicar o sentido a seguir acompanhadas por fitas.
Quanto aos habitantes locais, gente simples e simpática ao longo do percurso, lá estavam eles com palavras de incentivo e encorajamento para todos os que neste belo e solarengo dia de "verão" vieram de todo o lado para participar na maratona de Alte.
Quanto à organização de referir que me pareceu tudo muito bem estudado, organizado e pensado ao pormenor para que as falhas não acontecessem, o secretariado aberto de véspera para todos poderem levantar os frontais, sem contar com os que foram enviados de acordo com as inscrições para as lojas das respectivas áreas de residência dos atletas que assim solicitaram. Durante o percurso os abastecimentos sempre com muita gente a dar apoio, água, barras, fruta, bolos, etc... porque a dureza do percurso assim o exigia, 54,1 km com 1267 mts de acumulado altimétrico final... é OBRA!
Nos locais onde existiam cruzamentos mais complicados lá estava sempre um jovem da organização estrategicamente colocado, e ainda vi duas ambulâncias em locais diferentes e vários buggys para colmatar qualquer azar que eventualmente pudesse acontecer.
A chegada acontecia num local muito bonito e aprazivel junto a uma pequena praia fluvial onde alguns bttistas aproveitaram para dar uns mergulhos. Chegada essa que tal era o aparato que o mais simples amante do BTT ao cortar a linha de chegada se sentia um verdadeiro "Absalon", ele eram tendas de cronometragem, da sonorização, das meninas da red bull (giras por sinal) a dar latas desse precioso liquido, dos produtos energéticos e novamente os miúdos da organização a oferecerem bidões da sportzone. Após uma chegada assim, se o pessoal não se sentisse importante, perdoem-me a vaidade mas eu senti-me grande, quase me senti um verdadeiro campeão como o Hugo ou o Didi.
Após isto lá veio a azáfama dos banhos, que eram na escola e segundo percebi numas belas instalações e novas da escola profissional.
Por acaso não foi lá que tomamos o recuperador banho mas numas velhas instalações contíguas a Junta de Freguesia onde a água fria soube divinalmente.
Depois vem o esperado almoço onde era chegar escolher almôndegas com massa ou bacalhau a Brás e pudim, as bebidas era só ir buscar e trazer para a mesa já posta, melhor que isto só, perdoem-me, mas só mesmo Portalegre onde há tudo isto mas servido a mesa, ou seja para mim que até nem sou esquisito foi 5 estrelas, apenas referir que o pendura do costume mais uma vez comeu à borla, todos sabem de quem eu estou a falar.
Tudo isto ainda tem para mim mais valor pois após uma pequenas converssa com uma senhora da organização quase profissional fiquei agradavelmente satisfeito por saber que toda esta gente são alunos, professores e funcionários da escola profissional e ainda pessoas da Junta de Freguesia.
Por ultimo queria fazer um agradecimento muito especial a quem me proporcionou mais esta grande aventura que pela sua desistência e cedência de forma graciosa do já pago alojamento, os dois amigos do Hugo: o Rui Freire com o frontal com que eu participei e o André Pereira, que desde já posso aqui garantir que se algumas vez precisarem de alguma coisa de Rio Maior cá estamos todos em particular eu o Didi à vossa disposição.

Quanto à nossa participação a mesma saldou-se pelas classificações abaixo descritas:
Hugo Santos - Lugar 24 - 2.47.22
Pedro Coelho - Lugar - 27 -2.48.35
Diogo Oliveira - Lugar 170 - 3.24.16
Rui Miguel Gonçalves Freire (ou seja eu ) - Lugar 334 - 3.54.12

O Márcio Veríssimo e o Filipe Santos não concluíram a prova pois foram duramente atacados pelo sol que se fez sentir.

Apenas quero garantir que se tudo correr bem para o próximo ano lá estarei novamente porque o que é bom deve ser de repetir, quem quiser ir, diga, e lá estaremos.

A todos muito obrigado e sejam felizes a pedalar.

Sem comentários: